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12 de fevereiro de 2016

Dilma castiga o Nordeste e favorece empresários envolvidos na Lava Jato, diz deputado

Reportagem publicada no Jornal do Commercio desta quinta-feira (11) informa que os investimentos na região Nordeste, com recursos do governo federal, ficarão mais caros graças a uma resolução, emitida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), aumentando os juros do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE).

Os empreendimentos que faturam até R$ 90 milhões por ano arcarão com juros de 14,12% (era de 8,24%) – uma alta de 71,3%. Os novos percentuais valerão até dezembro deste ano. O problema é que os empréstimos do FNE já apresentaram queda de 14,6% no ano passado em comparação com 2014. Esse resultado negativo é decorrente da seca, dos problemas da economia brasileira e da crise política e de confiança que levaram os investidores a colocar o pé no freio.

Para o deputado federal Betinho Gomes (PSDB-PE), o governo Dilma mais uma vez mostra sua capacidade de tomar decisões desacertadas, castigando uma região ainda tão carente e necessitada de investimentos.

“O governo federal trata os desiguais de maneira igual ao que trata o mercado. Não é justo com o Nordeste, uma região que ainda é tão pobre, que o governo tenha encarecido os juros de um fundo que é fundamental para seu desenvolvimento e equilíbrio regional. Isso é grave, lamentável, e mostra mais uma vez que o governo tem tido a capacidade de tomar decisões desacertadas num momento de crise. Isso deve ser combatido e denunciado. O Nordeste não merece o tratamento que o governo Dilma dispensa a uma região ainda tão carente e necessitada de investimentos privados”, condenou.

O parlamentar lembrou que, enquanto aumenta os juros do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste, o governo Dilma trata “de pai para filho” os empresários contemplados com subsídios do BNDES. “Muitos desses empresários estão inclusive envolvidos na Operação Lava Jato e recebem benefícios do governo a juros baratos, coisa de pai pra filho, enquanto o governo toma essa decisão equivocada de aumentar os juros para financiamento no Nordeste através do FNE”.

Para este ano, o Banco do Nordeste – que opera o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) – prevê um orçamento de R$ 14,5 bilhões para investimentos. Mas essa meta não está garantido porque depende da evolução do cenário econômico. O FNE é a principal fonte de financiamento no Nordeste e suas taxas de juros vêm num crescente desde 2013.

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