Em reunião ocorrida em Brasília na manhã desta terça-feira, 21,
dirigentes do PT avisaram o deputado licenciado André Vargas (PT-PR)
que, se ele não renunciar ao mandato, será expulso do partido. Vargas
resistiu e desafiou a cúpula petista. "Não renuncio. Agora vou até o fim
e vou fazer o meu sucessor na vice-presidência da Câmara", afirmou,
numa referência ao deputado Luiz Sérgio (RJ).
O presidente do PT, Rui Falcão, disse a Vargas que as denúncias de
irregularidades envolvendo o nome dele desgastam ainda mais a imagem do
partido, já abalada com o escândalo do mensalão. "Você já deveria ter
renunciado para evitar tudo isso", afirmou Falcão, em tom duro.
A reunião, na sede do PT, foi marcada pela tensão. A portas fechadas,
o presidente do PT pediu a Vargas que abra mão do mandato para não
prejudicar o partido e as campanhas eleitorais de Alexandre Padilha ao
governo de São Paulo; de Gleisi Hoffmann à sucessão no Paraná e da
própria presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição.